O tempo é curto, mas a vida pode ser longa — se soubermos usá-la bem. Essa é a reflexão central do livro Sobre a Brevidade da Vida, de Sêneca. Escrito há quase dois mil anos, o texto continua atual em um mundo onde a pressa domina e o tempo parece sempre insuficiente.
Sêneca nos provoca ao afirmar que a vida não é curta; nós é que a tornamos assim, desperdiçando-a com trivialidades. Vivemos acumulando tarefas, preocupações e ressentimentos, sem perceber o peso desnecessário que carregamos. Mas será que estamos realmente vivendo ou apenas nos deixando levar pelo ritmo acelerado dos dias?
Se a vida fosse uma viagem, o que levaríamos na bagagem? Poderíamos enchê-la de experiências valiosas, boas memórias e aprendizados. No entanto, muitos escolhem carregar pesos inúteis: ansiedade com o futuro, mágoas do passado, compromissos vazios e um senso constante de urgência.
O que aconteceria se fôssemos mais seletivos? Se, em vez de acumular, escolhêssemos apenas o que realmente importa? Sêneca nos lembra que o tempo não nos pertence — apenas o momento presente está em nossas mãos. O passado já se foi, e o futuro é incerto.
A pergunta permanece: qual bagagem você quer carregar? Está enchendo sua mala com o que nutre a alma ou apenas com as exigências externas? Talvez seja hora de desapegar do que pesa e viver com mais intenção. Afinal, não podemos decidir quanto tempo teremos, mas podemos escolher como vivê-lo.
Mín. ° Máx. °
Mín. ° Máx. °
Mín. ° Máx. °