“Não sei se começo a história pelo fim ou pelo começo. Brás Cubas começou pelo fim, mas ele era um defunto autor. Eu ainda estou vivo.” A frase inicial, que evoca o clássico de Machado de Assis, nos prepara para a sagacidade que permeia o livro O Homem que Explodiu o Presidente, de Thiago Barrozo.
Apesar do título provocativo, o romance está longe de fazer apologia partidária; trata-se, antes, de uma narrativa policial ousada, repleta de reviravoltas e questionamentos sobre o que define o caráter humano.
A trama começa com um bilhete de loteria premiado, e é a partir dessa premissa que a vida do protagonista — um “ex-quase tudo” — toma um rumo inesperado.
Em meio a sua saga de desmantelar conceitos pré-estabelecidos, o personagem nos convida a refletir: o que faríamos em seu lugar? E mais: como o poder, o acaso e nossas escolhas moldam nosso destino?
Barrozo constrói um universo de ficção que prende o leitor com uma narrativa dinâmica, misturando ironia, ação e um senso de humor único.
Os dilemas do protagonista, narrados de forma visceral e envolvente, mostram que o autor domina a arte de desafiar clichês e subverter expectativas.
Este é um livro que instiga, diverte e provoca. Para quem gosta de histórias que brincam com o imprevisível e fazem pensar.
O Homem que Explodiu o Presidente é uma leitura indispensável. Uma obra que, como seu protagonista, explora a linha tênue entre a liberdade e as armadilhas das escolhas.
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