Civilização do Amor

Assim como Dante Alighieri amava Beatrice Portinari em segredo, sua musa inspiradora, na mesma intensidade que Cyrano de Begerac se excitava a esconder se platonicamente para declarar-se a Roseana, na intensidade que Romeu Montecchio Amou Julieta Capuleto, a ponto de se envenenar nas desventuras de Dom Quixote ao amar Dulcineia. Até Lewis Carrol autor de Alice no País das Maravilhas, vivia um amor imaginário, repleto de tolice Sansão deixou Dalila cortar seus cabelos e até tirar suas forças, Narciso se afogou ao desejar sua própria beleza; Cleópatra vivia um amor dúbio. Isabeau e Philipe viviam presos a um feitiço ela de dia era Falcão, Ele de noite era lobo; Clara Amava Francisco, ambos viviam um amor sem entrega morreram amando um ao outro de um modo Ágape. 

O Taj Mahall foi construído pelo Príncipe Shah Jahan para homenagear sua amada Arjumand Banu Baygam, assim as pessoas vão provando que o amor exige escalas de Eros a Ágape, De Coríntios a Camões, se aprende o que é o amor, poetas e músicos, reis e plebeus, tolos e sábios, amam, contemplam o amor.

De Todas as religiões mesmo as mais fundamentalistas assumem uma postura sobre a vida e o amor. O filho pródigo volta ao lar, Tobias e Sara rezam para abençoar sua noite de amor, Abraão oferta Isac ao Holocausto, Cristo Pede já na Cruz Pai Perdoa-os pois não Sabem o que fazem, o mesmo Deus que Se fez homem dá a vida a seus filhos, relações são estreitadas por interesses políticos, pessoais, contradizendo as forças do amor, inúmeros jogos são dispostos enobrecendo a vida a luz das responsabilidades, civilizações virtuais contemplam e dividem espanto perante ao passional, mas sufocam seus pares ao criar mecanismos que inibem o outro de pensar e progredir.

 Cada momento se torna importante quando entregamos e dedicamos a vida ao próximo, gerações vão e vem, a humanidade contempla e restabelece seus ideais, conservam ou destituem suas tradições, transmitem através da arte música, escrita, pinturas e pela própria vida constroem um legado inspirador ou não! Cada nota musical, cada poema, cada palavra escrita e copiada, todos os códigos grafados nas pedras e nos sinais ao longo da vida foi, e sempre será a busca de transcender junto ao verbo! Nossas luzes nesta passagem apagarão as sombras, mais jamais nossas histórias! A humanidade que constrói, ama e lega os sonhos, trará e será as bençãos do porvir! Pense em tudo de maravilhoso que você pode criar e fazer com a sua breve mais profunda existência!

Autor: Ivan Gomes da Costa