Perguntas e respostas sobre a Adoção de Crianças e Adolescentes no Brasil

Perguntas e respostas sobre a Adoção de Crianças e Adolescentes no Brasil

1) Vejo notícias de bebês que são abandonados e muitos perdem a vida. Não seria melhor que a gestante doasse o seu filho para alguém que queira ajudá-la?

O abandono de bebês acontece por falta de amparo e esclarecimento para a gestante. Também devemos lembrar que as políticas públicas precisam ser eficazes. 

Vamos analisar a questão que você apresenta. 

1) Em primeiro lugar, é crime abandonar um bebê.

2) A gestante pode estar passando por um período de grande insegurança e desamparo. Ela precisa ser acolhida e orientada para tomar as melhores decisões, tanto para o bebê quanto para ela própria.

3) Como é a rede de apoio para a gestante: ela pode procurar a UBS (Unidade Básica de Saúde) onde faz o seu pré-natal, o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) ou o Conselho Tutelar.

Se após receber o apoio necessário para atravessar este período em sua vida e mesmo assim ela deseja entregar sua criança ao nascer, a gestante deve procurar a Vara da Infância e Juventude no Fórum de sua cidade ou comarca. Neste caso, a criança será encaminhada para uma adoção.

Quem irá adotar passou por todas as etapas que a classificaram como apta para este fim. Esta é a segurança que a gestante terá de que o filho que ela gerou será bem cuidado e que tudo está sendo feito dentro das leis do nosso país. 

2) O que eu posso fazer para ajudar uma gestante que se encontra com problemas ou dúvidas sobre ficar ou não com o seu filho?

Não julgue ou condene esta mulher – ela precisa de amparo e esclarecimentos. Seja solidário e apoiador. Indique os caminhos que ela pode percorrer conforme explicamos acima. 

Doar um filho não é crime e, sim, um ato de amor. Esta criança terá um futuro e será cuidada por pessoas que se encontram preparadas para adotar. 

Muitas vezes a gestante se encontra com problemas de saúde física ou mental, e o pré-natal é de fundamental importância para os cuidados que ela necessita nesta fase de sua vida. Oriente, encaminhe, acompanhe se possível. Seja gentil e atue como você gostaria de ser tratado se estivesse diante de um grande problema em sua vida. 

A sociedade precisa ser cada vez mais uma rede de proteção para todos os seus membros. A atitude de cada um diante das dificuldades do outro está na base de tudo isso. 

O que você já fez hoje pelo bem do seu semelhante? 

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Você também pode enviar suas perguntas a este Portal. A colunista responderá o mais breve que for possível.  

Maria Angélica Amarante dos Anjos é psicóloga, mãe pelas vias da adoção e autora de dois livros: Fui Adotada aos 56 anos – uma história real de adoção tardia, e Histórias na Varanda – Conversas sobre Adoção e Vida

Para adquirir os livros, o valor é de R$ 29,00 e R$ 35,00 respectivamente.  Frete sob consulta. Envie uma mensagem para o WhatsApp (11)972575660 para maiores informações. 

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